quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Reflexões sobre as questões do material de aula.

Vida de Professor

Como a Vanessa também tenho que desempenhar diversos papéis, tenho 3 filhos e como ela preciso estar me dividindo entre múltiplas funções como: Levar e buscar no colégio, ajudar nas tarefas de casa, cuidar da administração do lar, preparar aulas, dar aulas à noite, durante o dia me divido entre as tutorias que trabalho nas duas instituições, também estou sempre estudando, e às vezes trabalho como professora substituta. Ufa cansei!!! Mas procuro adequar sempre minha agenda para ter tempo para mim e para minha família.

O portfólio de Leonardo

É muito comum essa situação em EAD, primeiro porque existe um mito que diz: "Quem estuda em EAD é porque não tem tempo..." Então o que faço, no encontro presencial conscientizo os alunos sobre essa questão do "tempo", EAD é flexibilidade de horário e precisa ter tempo para estudar e realizar as atividades. Discuto com os alunos essas questões e deixo claro que como eles eu também tenho prazos a cumprir e que essa questão "aceitar atividades fora do prazo" está além do tutor. A partir dessa conversa já minimiza bastante esse tipo de email, pois o aluno já está consciente que o tutor não pode aceitar. Independente de aceitar ou não ele precisa se adequar ao sistema, e se quiser ter sucesso precisará se organizar e se esforçar.

Por isso, não tenho o hábito de aceitar atividades fora do prazo, e se por ventura acontecer um caso muito sério, encaminho para o coordenador, e se ele permitir tudo bem.

Particularmente falando eu acredito que tem alunos que, às vezes, estão mais atarefados em uma semana do que em outra e poderiam colocar tudo em dia na semana seguinte, porém fazemos parte de um sistema e precisamos lembrar-nos de qual será o legado que deixaremos para o professor seguinte? É questionável? Sim, mas por outro lado o acumulo de tarefas pode comprometer o rendimento, e sobrecarregar o trabalho do tutor na correção de atividades. Então o que fazer?

Analise do fórum 2 (buraco negro)

Aqui nesse fórum os alunos foram totalmente autônomos na busca do conhecimento e conseguiram fazer a mediação com os outros colegas o tutor foi coadjuvante no processo, talvez o tutor pudesse explorar mais essa autonomia.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dia dos professores (atrasado)

Apesar de não ter me manifestado aqui no dia dos professores, creio que homenagens sempre são bem-vindas.


Professor 

No princípio, era o verbo CONDUZIR
E o verbo se fez ação.
Levaste o homem, por longos caminhos,
A conquistar espaços,
A desvendar mistérios,
Na busca de descobertas,
E das grandes transformações.


Depois, conjugaste o verbo DESCOBRIR.
E o homem tornou-se senhor de si mesmo,
Senhor da natureza!
Aprimorou as coisas,
Criou processos,
Inventou mecanismos
Que começaram a mudar a vida e o mundo!


Diante das descobertas,
Aprendeste a conjugar o verbo TRANSFORMAR.
E, a partir daí,
Mudaram as pessoas,
Mudaram-se todos os modos,
Mudaram-se todos os tempos,
Na construção de um mundo diferente,
Onde a inteligência seria a explicação máxima
De todas as coisas do universo.


Finalmente, a conjugação do verbo EDUCAR,
Que evidencia no presente
A interpretação do passado
Para fazer valer o ideal do futuro
Onde todas as pessoas,
Em qualquer número,
Representam a pluralidade
Do amor e da fraternidade.


Genuíno Sales.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sigamos os Passos da Aline

Este é sinceramente meu conselho após ler o excelente trabalho de nossa colega. Gostaria, portanto, de dar os parabéns a ela, pois fiquei encantando não só com a objetividade, clareza e organização do texto, bem como com a descrição feita do nosso trabalho como tutor.

Devo, na verdade, dizer que foi não só uma descrição, mas uma ótima aula de como nos organizarmos enquanto tutores para que possamos fazer nosso trabalho com excelência e, desta forma, também com que nossos alunos tirem maior proveito dos seus estudos e participem bem das aulas.

Em seu texto, a Aline mostra estratégias e boas idéias de como procedermos durante o desenvolvimento das disciplinas em que atuamos. Passo a passo, ela vai desenvolvendo as idéias que perpassam desde o planejamento da disciplina ao fim da mesma com um momento de auto-reflexão por parte do tutor. Sei que todos os procedimentos sugeridos por ela são importantes, mas realmente ficou bem marcado em minha mente essa questão do tutor refletir a respeito do seu trabalho ao fim da disciplina para que possa encontrar formas de fazer seu trabalho cada vez melhor em outros momentos.

Aline, se me permite, gostaria de dizer que esse momento de reflexão não deveria acontecer somente ao final, acredito que você pense o mesmo, mas deveria ocorrer pelo menos ao fim de cada aula da disciplina para que possamos melhorar nosso desempenho também durante a disciplina. Sendo este um exercício constante, faz com que nosso trabalho possa sofrer grandes melhoras durante as disciplinas o que, acredito eu, levará a um desenvolvimento ainda melhor de uma disciplina para outra.

Gostaria de finalizar essa postagem encorajando todos os colegas a fazerem o download do trabalho da Aline e lê-lo, pois acredito que ele tem muito a acrescentar ao desenvolvimento de todos nós. Mais uma vez: Parabéns, Aline!

Ao ler o Portfólio do meu colega de EaD, Gerson, pude ver muito do meu próprio pensamento em suas palavras. Quando ele diz que o tutor " precisa se adptar às situações e colocar seu estilo na aula" entendo que a palavra estilo foi muito bem colocada! É isso mesmo, Gerson,a aula precisa ter a nossa cara de alguma forma. Isso é o grande diferencial entre os professores, afinal não somos robôs para agirmos da mesma forma, explicar da mesma maneira, usar as mesmas técnicas de ensino! Tento imprimir meu estilo no que faço, para assim ser lembrada.

Assim como o Gerson, vejo o fórum como a ferramenta mais importante, onde realmente ocorre a aula virtual. É o momento de ver o proveito que os alunos fizeram das leituras da aula.

Meu colega vê o tutor como um "professor universitário qualquer", mas ressalva que discorda da nomenclatura tutor e professor-conteudista, pois este se compara a um autor de material didático. Confesso que nunca parei para analisar prós e contras de tal nomenclatura, mas a maioria das pessoas que tem pouco conhecimento de EaD não nos vê como "professores universitários", acho que na visão dessas pessoas estamos mais para "assistente" deles...

Em relação a ausência dos professores-conteudistas no acompanhamento dos fóruns, conforme mencionado pelo colega, o mesmo não acontece comigo na minha atual disciplina. A professora-conteudista sempre me envia mensagens comentando algo. Gerson, durante a disciplina inteira você não recebe nenhum comentário do conteudista?

Gerson, seu posicionamento é o de um tutor que sabe da importância do que faz e gostaria de um maior reconhecimento de todo o esforço, não é mesmo? Você acredita que o tutor deveria ter espaço na elaboração do conteúdo das disciplinas? Como isso poderia ser posto em prática?

Abraço,

Aline

Concordo com você Diana...

São muitas ‘tarefas’: nossas turmas, nossas correções, nossas interações, nossos estudos são sim, dia após dia, nossos desafios, não simples tarefas! Antes de tudo, como seres humanos, precisamos nos sentir desafiados! Todos os envolvidos que nos fazem acreditar que podemos e, temos cada vez mais, algo novo a aprender e, alguém novo, com quem aprender. Sempre o ‘novo’, nestas caminhadas, nos é apresentado.

Autonomia, dedicação, motivação e confiança, repetindo suas palavras, são essenciais para a eficácia do processo. E como base de todos estes, o reconhecimento dessas necessidades dentro de um processo gradativo de aprendizagem, colaborativo, da construção do conhecimento; tutores/professores, alunos e recursos são os membros envolvidos, que devam funcionar em plena harmonia.

Sobretudo, organização. Precisamos saber administrar o nosso tempo, o que nos propicia uma objetividade. Imagine nossas atividades, como: fóruns, portfolios e chats, sem nenhum planejamento... nossa, não funcionariam eficientemente, com certeza. Sabemos que começamos a planejar, antes mesmo do nosso primeiro encontro presencial; um planejamento, bem definido, bem traçado. Nossa função, além da pedagógica, é social. Somos os responsáveis incentivadores, mediadores e facilitadores, mas, o diálogo é essencial, inclusive.

“O que é importante para contribuir com a qualidade do trabalho?” Pergunta esta que já apresenta um pouco da resposta – CONTRIBUIR, mas, com qualidade, com assiduidade, com responsabilidade, com competência; estamos ajudando a formar, estamos transmitindo (ensinando e aprendendo) um novo conhecimento.

É necessário, sim, estar presente em todo momento e a cada momento!

Portanto, este equilíbrio a cada momento é condizente com nossas ações que precisam ser repensadas. A procura pela perfeição é reflexo do que queremos e temos a oferecer. Positivamente, nossa reflexão sobre nossos atos, inclusive os passados, contribui para os futuros, e, nos ‘ensinam’ quais destes necessitam ser transformados e reaproveitados.

Destaques - queremos ser um destes e lutamos para tanto!

trabalho do Maicon: considerações

Sobre a postagem do professor Maicon, fiquei extremamente feliz em perceber que o colega também problematiza a chamada identidade deste profissional, o tutor de EAD, somos professores que atuamos em uma zona nebulosa entre o papel do professor, digamos, tradicional e o do professor à distância, um misto de liberdade para aplicar notas, conhecer os alunos, propor atividades extras como um professor presencial, mas ao mesmo tempo ainda presos às atividades pré-estabelecidas nos AVAS e formas avaliativas, como reflete Maicon "No modo presencial, ainda que tenhamos um material didático no qual nos basear e a grade curricular das disciplinas serem pré-determinadas, temos mais liberdade de trazer atividades diferenciadas para a sala de aula, bem como ignorar certas atividades muitas vezes propostas pelos instrumentos (livro didático, gramáticas, e até TDs sugeridos pela coordenação da escola) por nós utilizados."
Vale ressalatar que acredito que Miacon, como eu também, não queremos deslegitimar o papel do professor que elabora a disciplina, sendo ele e o sistema virtual vilões nessa pseudo- falta de liberdade do tutor, a questão é mais densa e de difícil tangenciamento; de fato, acho que o professor Maicon toca em um ponto calcanhar de Aquiles nos sistemas EAD, quem é o tutor? Como ele pode se posicionar nesse intervalo entre seguir determinados passos previstos e se posionar perante eles, uma vez que seguir passos e programas todos devemos fazê-lo independentemente de sermos tutores ou não. Enfim, a postagem do professor Maicon, a meu ver, é de extrema relevância ao problematizar nossas certezas e põe em relevo determinadas tensões que por vezes escapam de forma naturalizada ao debate em torno do sistema EAD

Gilson Cordeiro

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Reflexão do trabalho da Adriana

Olá a todos,

Comentando aqui sobre o trabalho da Adriana. Percebi o quão consciente ela é do trabalho adotado pelo tutor e como maximizar isso adotando a prática e as ferramentas certas. Achei bem interessante a dica de fechamento com as principais reflexões. É interessante salientar o que foi dito por ela no que concerne a usar o fórum como mural e não como ambiente de interação e fazer a mediação para que isso aconteça. Também indicou boas formas de se usar o chat e ferramentas de mensagem.
Um aspecto importantíssimo dito foi "(...)Um fator relevante também é formular um instrumento para que os alunos avaliem o trabalho do tutor, esse instrumento contribui para nortear o tutor sobre sua prática e refletir sobre o que precisa ser melhorado" . Sem dúvida esse feedback do aluno é essencial para a nossa prática visto que temos que se atualizar constantemente, agora como como seria esse instrumento? Como formulá-lo? Deveríamos pensar em algo aqui de forma coletiva. Concordo em todos os pontos com o dito por ela no trabalho, nosso trabalho não é simples, nem fácil, mas temos que estar conscientes do nosso papel.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Comentário sobre a atividade da Alexandra

Alexandra interessante seu comentário sobre a prática do tutor que precisa ser reflexiva, considerar as atitudes passadas e tentar construir uma carreira consciente e colaborativa. Durante toda a atividade você comentou pontos importantes da prática de tutor como: procurar fazer um bom trabalho, auxiliar na construção do conhecimento do aluno, e pensar nas atitudes que vai tomar, pois irá refletir no futuro.

Porém, acho que seria importante comparar o vídeo do carpinteiro com a prática de alguns tutores, por exemplo: o carpinteiro durante toda sua jornada trabalhou com esmero, porém no final de sua carreira deixou a desejar seu trabalho, e o resultado foi negativo para o próprio carpinteiro. Você considerou esse fator em seu comentário, e deixou claro que o tutor deve realizar um bom trabalho, mas poderia ter refletido que em alguns momentos os tutores se sentem como o carpinteiro, e alguns apesar de serem bons tutores devido à quantidade de trabalho ou funções que acumulam acabam “relaxando” um pouco em sua tutoria. Isso é fato, pois alguns aceitam a tutoria para complementar o salário do mês, como discutimos no fórum no curso de formação passado.

Alexandra no que você se propôs a discutir o fez de forma relevante, parabéns pelo seu trabalho.

Carta da professora Ritacy a Cid Gomes

Carta aberta ao Governador do Ceará - por Ritacy Azevedo

Carta aberta ao Governador do Estado do Ceará
Excelência,


Preciso dizer-lhe publicamente que votei muito mal nas últimas eleições estaduais!
Sou professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação e me dedico à profissão intensamente há vinte anos. Votei em Vossa Excelência por o senhor apoiar a campanha de Dilma Roussef. Há quatro revelações que devo fazer aos professores para que possam me desculpar esse ato falho, embora saiba que muitos deles agiram como eu, pois acreditaram em suas propostas de fazer avançar a educação no Estado. É justo que o senhor as conheça!
1. A primeira é a de que, na verdade, não havia, no Ceará, nenhum candidato dos que disputavam mais veementemente o Governo que fosse convincente, apesar do grande aparato midiático. Dos males, porém, viesse o menor. O senhor pelo menos contribuiu na campanha da Presidenta. O meu prejuízo não foi completo.
2. A segunda confissão é a de que, como o senhor, tentei ser esperta, pois votei em alguém de quem, mesmo não esperando um bom mandato, contribuía para o meu objetivo. Reconheço, contudo, que o senhor me superou no lucro de tudo isso, por ter sabido se apoiar na minha candidata para se eleger.
3. A terceira é a de que não esperava ver colegas escrachados, humilhados, surrados, feridos, ensanguentados, desmaiados, tratados sem o mínimo respeito, como se vítimas dos famosos anos de chumbo da Ditadura Militar, principalmente ocorrendo este fato na Assembleia Legislativa, Casa que deveria defender os interesses da classe em vez de, subservientemente, ceder aos seus caprichos. Felizmente a população já sabe que apenas quatro Deputados votaram contrariamente ao plano de Vossa Excelência. Não será só o senhor a perder no próximo pleito, mas também todos os que, ao contrário dos quatro, "ferraram" os professores (Esta é a expressão: "ferraram", pois não consigo ser educada e suave diante de barbaridades e brutalidades).
4. A quarta e última é a de que nunca me orgulhei tanto de ser professora. Estou feliz por saber que os meus colegas, os meus digníssimos colegas estão enfrentando como heróis seu autoritarismo e por saber que teremos avanços a partir de agora, pois a história dos professores cearenses muda a partir de agora, bem como a sua!
Continuemos, agora apenas entre nós! Não posso perder a oportunidade de satisfazer a uma curiosidade! Preciso perguntar-lhe: se o estudo do professor não tem valor no Ceará, que valor terá o do aluno? Ah, já sei... o senhor manda distribuir computadores a alguns. Quero lembrar que não são bobos. Vão recebê-los, mas não vão compensar as perdas do ano letivo!
Refiro-me à desvalorização da pesquisa e da obtenção de conhecimentos. Os professores, ao se submeterem a cursos como Especializações e Mestrados, desejam adquirir conhecimentos que difundirão para crianças e jovens do nosso Estado. Sei que não devem obter um título apenas nem principalmente para terem algum acréscimo financeiro em seus vencimentos. Seu maior anseio deve ser aprender mais, para ensinar mais e melhor. Esse argumento, porém, não pode dar sustento à desonestidade e à injustiça. O que se deve pagar a mais ao professor especializado, mestre ou doutor por essa conquista e pelos esforços necessários a ela tem que ser justo, e não desrespeitoso. Não deve se assemelhar a uma esmola, como a que o Governo de Vossa Excelência insiste em garantir. É necessário que todos os cearenses, da capital e de todos os outros municípios, saibam que a proposta para essa recompensa é humilhante e que precisaria que fosse decuplicada para corresponder a uma pequena porcentagem do subsidio de Vossa Excelência, que não precisou mostrar diploma nem provar conhecimento algum para governar o Estado. Para ser Governador, basta não ser analfabeto.
Algo mais grave!
Trato ainda de algo mais grave: do seu desrespeito ao professor. Suas infelizes frases, reveladoras do grande desdém que Vossa Excelência não soube esconder em seu discurso, magoaram a todos nós, e não apenas aos colegas da rede estadual. A sua sugestão de que professores devem trabalhar por amor só poderia ser aceita se eles não comessem; se não quisessem garantir às suas famílias pelo menos uma diminuta parcela dos benefícios que o senhor garante à sua e a si mesmo; se não se vestissem, se não precisassem pagar por energia, água, telefone e, o que já é impossível, se não precisassem de livros e de outros recursos para o seu crescimento intelectual.
Não posso deixar de comentar também sobre a sua declaração de que o professor que queira ganhar melhor deve migrar para a escola privada. Vossa Excelência não se preocupa com a evasão dos professores da rede estadual? Isso não seria problema? Outros seriam contratados? Não interessa a permanência dos professores por muito tempo no serviço público, para que projetos tenham continuidade e outros benefícios ocorram? A escola privada realmente se mostra mais justa que a pública para com o professor? Esse pensamento de Vossa Excelência é lastimável!
Por que falo tanto?
Não tenho interesses partidários nem sou membro da oposição. Mas sou uma professora! E mais: sou especialista e mestra. Não gosto de ver meu esforço desvalorizado. Não adentrei o serviço público de educação. Não tive o desprendimento e o heroísmo dos meus digníssimos colegas da educação pública do Estado do Ceará, os quais respeito muito. Não me considero, porém, culpada por não acompanhá-los em tamanho esforço porque, ao contrário de Vossa Excelência, não concordo que eu deva trabalhar só por amor, mas também por dinheiro.
Não digo que a sua visão de que o professor ou qualquer outro profissional deva trabalhar por amor é ingênua, pois ingênua seria eu se assim pensasse. Digo sim que é uma máxima cruel, insensível, revoltante, além de ridícula! Além de respeitar o professor, lamento pelo desdém de que ele é vítima, pelas humilhações a que é submetido. É absurdo um professor precisar destinar-se à Assembleia Legislativa do Ceará para reivindicar desgastantemente um direito garantido por lei que Vossa Excelência insiste em desrespeitar: o direito a um piso salarial de aproximadamente R$ 1100,00.
Um apelo...
Pense melhor, Excelência. Deixe a sensibilidade superar a arrogância e a indiferença pelas necessidades sociais. Seja prudente! O senhor já perdeu por tudo que tem feito!
Um aviso...
Não é só o professor da rede estadual que está insatisfeito, mas também o da rede privada de ensino, bem como outros segmentos. Não há causa sem efeito!
Sem mais,
Ritacy de Azevedo Teles
P.S.: O tratamento respeitoso de "Vossa Excelência" é mera convenção gramatical da qual não consigo me desvencilhar. Não deve entendê-lo literalmente

Professora Ritacy merece ser aplaudida pela coragem e pelo uso que faz das palavras em prol dos professores.