segunda-feira, 19 de dezembro de 2011



A gravura retrata claramente a realidade na maioria das nossas salas de aula. A cobrança diária dos gestores escolares no que diz respeito ao repasse de conteúdos transforma nossos alunos em máquinas reprodutoras de currículos ou programas de disciplinas já saturados. São raros os momentos de uma proposta pedagógica diferenciada.

Como consequência, as cobranças aos professores acaba refletindo na prática profissional quando nos vemos cobrando de nossos alunos a reprodução desses conteúdos sem uma reflexão e qual a utilidade dos mesmos no dia a dia de cada um. Como parar para avaliar o que aprendemos se o vestibular ou a prova da faculdade ou escola se aproximam?

Acredito na transformação das pessoas através da educação. Entretanto, as propostas curriculares modificam situações, mas não proporcionam uma transformação do indivíduo. Isso poderá causar um reflexo contrário ao que seria importante ao desenvolvimento das pessoas.


Como availar?

Essa é uma palavra complicada, pois exige de alguma forma uma postura julgadora da parte de quem avalia. Tendo em vista que enquanto professores temos que tomar uma decisão em relação à vida e desempenho de outra pessoa. Mais do que uma nota ou uma atividade, tem muito coisa em jogo quando uma pessoa é avaliada, ainda mais no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem. Há um conjunto de esforços e habilidades que foram dedicadas à fatura das atividades e à participação dos alunos durante o curso de uma disciplina que torna complicado o processo avaliativo se os levarmos em consideração.
Então, entramos naquele conflito de que vamos tomar somente uma prova ou trabalho para avaliar todo um processo. Sabemos que existe um nível mínimo a ser alcançado em termos de aprendizagem para que o aluno possa passar a ver um novo conteúdo, ainda mais quando este precisa intrinsecamente daquele para o seu desenvolvimento e assimilação. Daí que vem o conflito, porque por mais que aluno tenha um bom desempenho em uma prova ou trabalho nem sempre ele conseguiu assimilar os conteúdos como deveria para que assim possa receber os novos conteúdos. Já muitas vezes alunos excelentes durante as aulas se darem mal em uma prova, quando outro que não se desempenhou tão bem fez um excelente trabalho final em seu teste.
Sendo assim, é preciso estabelecer critérios para se avaliar, mas é difícil chegar ao consenso de que critérios serão válidos para avaliar todo o esforço de alguém, que muitas vezes alcançou um desempenho extraordinário para os seus parâmetros rotineiros, mas que infelizmente não alcançou o nível que deveria. Será que não devemos levar em conta o esforço e o desenvolvimento do aluno? Ou devemos pontuar nos testes e trabalhos e ponto final? É algo difícil de ver e acredito que temos muito ainda a desenvolver a respeito do tema.

EAD e a Dialogicidade Freiriana

Olá pessoal!

Baseado no que foi abordado no Solar e no artigo Dialogicidade nas Práticas Interativas da Área de Exatas(David e Castro-Folho, 2009), pude perceber que na verdade os 5 pilares postulados por Freire se complementam para resultar em uma aprendizagem não libertadora e humanizadora como ele mesmo busca. Mas também para que os conteúdos ensinados possam fazer sentido e parte da vida do aluno.
Como falei anteriormente no nosso fórum Bom Dia, sou professor há quase 10 anos e sempre busquei manter uma relação de caráter cordial e afetivo com meus alunos por acreditar que a afetividade seja uma forma de deixar o aluno mais confortável e, assim, facilitar a aprendizagem. Dentro do tempo em que atuo como professor, tenho trabalhado no sistema presencial, mas desde que comecei a ser tutor de EAD procuro adotar esta mesma prática.
Acredito como aluno e professor, que quando há uma ligação afetiva entre as duas partes a aprendizagem flui melhor, pois o aluno se abrirá para ouvir o que o professor tem a dizer e vice-versa. Desta forma, entramos no âmbito da humildade que é aceitar e refletir a respeito de críticas feitas de um para o outro quer seja sobre as ações de ambos, ou sobre o conteúdo abordado. Desta feita, abre-se espaço para o pensamento crítico dentro do processo de ensino-aprendizagem. Ao abrirmos este espaço conotamos o que Freire postula por Fé nos homens e Esperança, pois, do meu ponto de vista, estes são dois pilares principais que embasam o trabalho do professor e norte para a educação. Pois todo o investimento que fazemos em termos educacionais é com fé de que podemos levar o desenvolvimento ao ser humano na esperança de alcançarmos uma sociedade mais justa, humana e desenvolvida.
Focando mais no ensino à distância, vejo que a própria iniciativa do ensino de graduação à distância é uma forma de expressar fé e esperança nos homens, pois é levar educação e desenvolvimento humano a lugares onde antes não existia ou não se conseguia alcançar. E é por amor ao ser humano que a grande maioria de nós busca fazer parte desta ação e trabalhar da melhor forma possível. E para alcançarmos cada um de nossos alunos precisamos ser humildes para dialogar com nossos alunos e pensar criticamente para buscarmos excelência no nosso trabalho.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Sobre a imagem e Avaliação





Na imagem, o professor segura uma chave de fenda enquanto abre a cabeça de um aluno.
A imagem passa a noção de um mecanicismo. O aluno seria uma máquina que o professor tenta consertar. Se está com defeito, o professor vai lá e dá um jeito.
Para detectar o defeito, o professor então faz uso da avaliação. Se as notas vão mal, o professor detecta que ali há um defeito a ser corrigido.

Bom, eu não gosto de ver meus alunos como máquinas e nem acho que a coisa seja bem ir lá e consertar o aluno. Eu vejo meus alunos como pessoas. Não gostei da metáfora da imagem por isso.
Não acredito que meus alunos têm defeitos de máquina. Muito menos acredito que uma avaliação é suficiente para determinar quão bom meu aluno é. Aliás, quantificar isto para mim já é absurdo.
O aprendizado não é uma coisa quantitativa, é qualitativa. Não há uma forma eficaz de medir em números quanto uma pessoa sabe ou é eficiente. O ser humano é uma quantidade infinita de fatores, é impossível considerar e medir todos. Einstein tirava zero em matemática. Ivo Pitanguy, o maior cirurgião plástico do Brasil, reprovou no vestibular OITO vezes. Então, o que é que os métodos de avaliação podem dizer?
No entanto, não sou contra a avaliação. Sou contra os métodos de avaliação em vigor na maior parte das instituições de ensino atualmente. Acredito que deveria ser uma coisa contínua, de todos os dias, não uma prova no final e pronto. O aprendizado deve passar por um acompanhamento constante. Aliás, também acho o nome acompanhamento muito mais apropriado do que avaliação. Não acho que um título credita uma pessoa a avaliar outra. isso vai de encontro ao que estudamos em Paulo Freire, por exemplo. Acompanhar fica bem melhor.
Acho que é necessária uma reforma nos métodos de avaliação em geral. Uma revisão crítica e uma atualização. A avaliação é necessária para que se possa saber o que se está acertando e errando, mas acho que os métodos em vigor causam mais confusão do que esclarecimentos.

Dialogicidade em Paulo Freire

Amor
Por amor no livro de Paulo Freire entendi como sendo uma empatia profunda não só pelo aprendiz (que ele chama de educando), mas também pelo próximo, pelo interlocutor. As idéias de Paulo Freire, profundamente cristãs, seguem esta linha iniciada neste primeiro ponto, o amor, para descrever diversos aspectos da atividade pedagógica que o autor julga importantes. A partir do amor ele trabalha elementos como respeito, comprometimento, atenção, percepção do outro etc.

Humildade
Humildade seria a capacidade de levar adiante o diáçlogo entendendo que também o educando tem muito a passar. Seria a capacidade de ouvir e se abrir para o outro, para aceitar o que ele tem a oferecer. Seria uma forma de estar aberto a oportunidades e transpor barreiras de comunicação e comportamento.

Fé nos homens
Esta eu achei a parte mais intrigante. Freire nos desafia a dar credibilidade ao próximo para que, com esta credibilidade, o próximo se torne mais forte e cresca. Ele acredita que a falta de confiança é uma das grandes barreiras.

Esperança
É a força para continuar frente às grandes adversidades. É saber esperar o momento correto para agir, justamente por saber que ele virá. É também saber identificar este momento.

Pensar crítico
É pensar tudo que se diz, tudo que se faz. Seria tirar uma conclusão de tudo isso e se preparar para continuar.

Os ensinamentos de paulo freire se aplicam muito bem à EaD, principalmente no contexto em que trabalhamos, onde são muitas as adversidades e de toda espécie. Muitas vezes os tutores são um dos poucos apoios que os alunos encontram para continuar, pois muitos levam uma vida muito difícil e cheia de restrições.
A questão do diálogo não é apenas onde ele ocorre, mas principalmente como ele ocorre. Independente do meio utilizado, saber dialogar é o que tem mais peso.
Acredito que não existe um treinamento para aplicar os conceitos de Paulo freire. É algo que se aprende vivenciando e colocando em prática. Acredito que coloco esta filosofia em rpática, principalmente por conta do retorno que recebo de meus alunos.
Não é apenas uma forma de se portar em EaD, mas sim em toda a vida.

Sobre a ferramenta Chat

O chat é uma ferramenta complementar em EaD. Se bem utilizada, pode trazer resultados surepreendentes, mas, infelizmente, esta não é a regra.
O primeiro ponto que gostaria de ressaltar é que o chat não é um bate papo como qualquer outro. não é como um bate papo presencial e nem tampouco como um bate papo do MSN, mesmo que se faça uso dessa ferramenta.
Vimos no texto Sobre o uso do chat como ferramenta auxiliar de ensino e aprendizagem no curso de Mestrado em Informática da Universidade Católica de Brasília (Carlos Alberto Mamede Hernandes, Roberto Aguiar Santana e Sérgio Dagnino Falcão) que "A maior desvantagem do chat decorre do empobrecimento das três componentes conversacionais: corporalidade, emocionalidade e linguagem. Observa-se que o chat não permite aos participantes trabalhar as suas corporalidades, dificulta significativamente a expressão das emocionalidades e restringe os recursos da linguagem à forma escrita." portanto, tratar o chat como um bate papo convencional é um erro gravíssimo.
Aponto ainda diferenças entre o chat enquanto ferramenta da EaD e as conversas através do MSN quem acredito, devem ser levadas em consideração:
  • Familiaridade: no MSN, as pessoas possuem um grau de intimidade (na maior parte das vezes) maior do que aquele entre os participantes de um chat em EaD;
  • Vontade: as pessoas que participam de uma conversa no MSN normalmente o fazem porque estão com vontade, muitas vezes apenas para passar o tempo. No chat da EaD o fazem por uma obrigação;
  • Avaliação: os participantes de um chat de EaD podem achar que estão sendo avaliados. O mesmo dificilmente ocorre no MSN.
  • Formalidade: o chat de EaD é um ambiente muito mais formal que um chat espontâneo do MSN;
  • Compromisso: o chat pelo MSN, como foi dito, normalmente tem início de forma espontânea. Os chats em EaD têm hora para começar e, quase sempre, para acabar.
Desta forma, vemos que é necessário haver um planejamento diferente para estas atividades. O tutor deve, antes de qualquer outra coisa, conhecer bem a ferramenta e ter ciência do que irá acontecer e como irá acontecer. Deve haver um planejamento de situação: o tutor precisa ter elementos chave a serem introduzidos no bate-papo e ter um conjunto de perguntas prontas para orientar a atividade, até porque, quase sempre, a ferramenta se limita à digitação de textos por parte dos participantes.
O tutor precisa manter seus alunos engajados na atividade razendo à tona situações que os deixe atentos para o que acontece. É bom que o grupo não seja muito grande, para que o tutor possa perceber quando algum aluno está mais deslocado e possa aproximá-lo mais do assunto. Grupos menores também são mais fpaceis de gerir e evitar que se fuja do assunto da conversa.
Além disso, é importante que o chat tenha sido marcado com bastante antecedência e que os alunos tenham sido orientados a buscar informações e questionamentos acerda do assunto a ser abordado. É necessário que os alunos tenham consciência de que esta é uma atividade pedagógica e que façam uso desta ferramenta para fins apropriados.
 A falta de preparo de tutores e alunos, acredito, é o maior obstáculo para o uso bem-sucedido desta ferramenta.

chat: momento do olho no olho virtual


Quando penso sobre o chat, o primeiro fator que me vem à cabeça é a riqueza pedagógica desta ferramenta, não que as outras formas de interação sejam inferiores, não se trata disso. De fato, o chat é um olho no olho virtual, uma espécie de simulacro do teu olhar no meu, uma dinâmica em que a relação aqui-e-agora toma corpo. Penso que o fator de sincronicidade dessa ferramenta deve ser sempre tomado com cautela, pois a dinâmica da pseudo-oralidade, da simultaneidade, da resposta sem muito tempo de elaboração, da imprevisibilidade do outro sendo ele mesmo resulta em um ambiente em que nossos corpos podem até, vejam podem até não se trata de uma imposição, existir como eles são: inseridos em um espaço e tempo: estamos lá quando o outro também está....

Assim, por mais que a atividade tenha sido bem planejada, sempre corremos o risco do espaço e tempo entrarem no jogo, explico melhor: na sicronicidade a possibilidade de revisão diminui, o risco do mal-entendido aumenta (por exemplo, esse meu texto eu já reelaborei várias vezes até essa escrita final), o risco desse mal-entendido, entendido aqui como para além do não entendimento de trechos das falas, ou a confusão de terminologias... Compreendo o ruído como algo maior: o risco interpessoal, nosso corpo querendo ser na tela, vários momentos de ter corpo: atropelamento do turno do outro, a formação de antagonismos e simpatias na breve efemeridade da hidridação do chat entre discurso oral e escrito, um entremeio que durante a atividade de papear online leva o sujeito a hesitar prosseguir sua fala, pois em uma conversa presencial, o olhar do outro aqui ou distante, seu sorriso, seus gestos entendidos como a presença de seu corpo são semioses que nos dão mensagens de verde, amarelo, vermelho. Penso que ao papear online o ruído na expressão do que seria só conteúdo também é entrave ou estmulo, a linguagem, como já é debatido por vários estudiosos, não é conteúdo versus forma, forma também é conteúdo.
Gilson Cordeiro

Práticas Avaliativas - A Dependência do Aluno e a Interferência do Professor

§ O que o professor está fazendo na cabeça do aluno?
§ Porque o professor está com uma ferramenta?
§ Comparando a figura com práticas avaliativas, que situação encontraríamos?

Vendo pela perspectiva do aluno, acredito que a cena descreva uma cena onde o aluno sempre coloca a necessidade da intervenção física do professor promovida em relação ao aluno. Vendo este aspecto, o aluno ainda não adquiriu maturidade suficiente para compreender que sua própria autonomia, que fala por ele mesmo, seus atos refletem suas atitudes. Muitas vezes o aluno pede, necessita que essa intervenção seja realizada pelo professor significando que este mostre os passos a serem seguidos, o que na verdade, o aluno deveria conseguir identificar suas passadas.

Na perspectiva do professor, podemos dizer que descreve como o professor avalia seu aluno, até que ponto ele pode e deve intervir e, se necessário for. A ferramenta simboliza o recurso, a ferramenta avaliativa que o professor possa utilizar para inferir, instigar, e direcionar o aluno ao caminho de sucesso.

A avaliação pode e deve ser proposta, se conseguíssemos medir o nível de conhecimento do aluno, o que não temos como; a ferramenta ajusta pontos, aperta, expande, comprime, indicando o que falta ou até mesmo o que excede, o que pode e precisa mudar. Isso, bom mesmo seria se conseguíssemos simplesmente abrir a cabeça e mudar. Mas não funciona simplesmente assim! Fatores sociais, de aprendizagem, de assimilação, de inclusão, todos se confrontam. Não temos como determinar medidas exatas, a variação é esperada e, portanto, a adaptação de cada realidade se faz necessária de acordo com cada prática avaliativa.

CHAT não pode ser CHATO

  • Que aspectos são importantes para um planejamento de um bate-papo?
    o Formação de grupos – não pode ser um número grande de participantes, senão inviabiliza a realização da discussão;
    o Definição de datas e horários;
    o Definição do tema a ser discutido;
    o A pré-leitura do tema que será discutido para embasamento e possível facilitação no discurso apresentado, além do conhecimento prévio que o aluno tenha para contribuir na interatividade.
    o Apresentar uma preocupação com a linguagem. Estipular que a linguagem coloquial pode ser utilizada, mas, não vulgarizada, respeitando suas classes gramaticais e suas particularidades.
  • Vimos que o tutor deve estimular a interação entre os integrantes durante as aulas de bate-papo. Como fazer isso?

As salas de bate-papo (chats) em ambientes virtuais de aprendizagem são ferramentas utilizadas para propiciar discussões ou debates de um tema pré-definido. Não tão somente com este intuito, como também, por exemplo, para o esclarecimento de dúvidas.

O profissional, tutor, deve estar preparado e atentar para alguma provável desmotivação ou desvio do objetivo pretendido por parte da turma/do aluno (o software, neste caso, não apresenta controle sobre o que é debatido, é função do tutor fazê-lo). Portando, quando da identificação por parte do tutor, de alunos inibidos a emitir opinião, ou por simples falta de experiência com o ambiente, neste momento, o professor exerce um papel fundamental que é a de instigar o aluno a participar (levantando considerações que direcionem o aluno ao tema discutido, mas, ter o cuidado para que não passe somente como obrigatoriedade (precisamos usar da naturalidade), pois sendo assim o aluno pode recuar e ficar apenas como expectador da discussão, ou, por outro lado, sentir-se convidado a expor suas idéias e opiniões diante e junto de todo, o que é o propósito.

  • Que ações são importantes para que os alunos tenham consciência da importância de um bate-papo?
    O aluno precisa ter ciência sobre o seu trabalho autônomo e da real necessidade da construção de seu conhecimento. Seu amadurecimento está envolto dos momentos de interatividade, da troca, do aprofundamento, das discussões, do ambiente, por fim, dele mesmo. Suas contribuições são peças chave na construção da aprendizagem colaborativa.
    Através do bate-papo, a aluno pode: extravasar, inferir, ouvir, trocar e ajudar; por fim, aprender e crescer.

Paulo Freire - Dialogicidade

"Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade,
tampouco sem ela a sociedade muda".
Falando um pouco da leitura dos pilares da dialogicidade de Paulo Freire:

AMOR: “Não há dialogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo e aos homens”.
Portanto, para ocorrer um diálogo eficaz, se faz necessário que esse amor seja o ponto base, seja a fortaleza, o pilar de sustentação que podemos encontrar para fortificar o comprometimento, a satisfação, a atenção, o encontro e percepção da importância do amor quando da execução do diálogo e, mesmo que inconscientemente, nossos próprios atos refletem nosso pensar, nosso respeito pelo próximo; um completo ato de coragem, de suporte, de motivação para a produção de uma conversa.

HUMILDADE: “Não há, por outro lado, diálogo, se não há humildade”.
Como alcançar nosso objetivo? Como efetivar o diálogo sem tal humildade? Ela agrega e ao mesmo tempo propicia a realização do diálogo; como também a transposição de barreiras para que um ser possa alcançar ao outro; reconhecer o momento, identificar oportunidades, realizar atividades, com sabedoria suficiente para a idealização e nossa própria realização, por tarefas humildemente, mas coerentemente projetadas.

FÉ NOS HOMENS: “Não há também, diálogo, se não há uma intensa fé nos homens”, “De criar e recriar”.
Com certeza um pilar que destacamos por sua força, sua crença. É necessário acreditar! Essa credibilidade faz o homem se sentir mais forte para agir. Assim o ser humano se torna capaz de enfrentar seus próprios problemas, quanto os que surgirão mediantes sua inserção na sociedade, ou simplesmente no meio onde vive.

ESPERANÇA: “Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero”.
È o que nos dá força para saber esperar e identificar momentos certos para agir. Fortalece-nos, enriquece-nos, engrandece-nos. Contudo, não quer dizer simplesmente que desistimos, mas que amadurecemos o suficiente para identificarmos o momento certo.

PENSAR CRÍTICO: “Pensar verdadeiro”, “Solidariedade”.
Sobretudo, sermos solidários, compreender e sermos compreendidos. Esperar e agir. Sinceridade, honestidade e coerência.

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  • Pilares de Paulo Freire e relação com a EAD?
    Na EAD não é diferente! Cumprimos nosso papel com amor e dedicação (como em qualquer atividade que exerçamos). O diálogo é essencial e junto a este, vem nosso pensar crítico, o poder de associação, de assimilação, mas, sobretudo, com muita humildade para reconhecermos nossas necessidades, quanto à dos outros.
  • Como pensar em diálogo em um ambiente virtual? O diálogo falado por Paulo Freire pode ser aplicado durante as interações ambientes virtuais? Como?
    Como na modalidade presencial, o diálogo é fator base dos acontecimentos! Da realização das atividades, até a simples troca de informações, da interação, da troca, do conhecimento. Tendo por base uma aprendizagem colaborativa (chats, portfolios, fóruns), em nossas participações vamos contribuindo para a construção de nosso próprio conhecimento, interferindo para o nosso próprio desenvolvimento.

  • Você aplica esses pilares em suas práticas pedagógicas?
    Sim. Até inconscientemente fazemos uso de nosso pensar crítico, de nossa experiência de mundo, para inferirmos situações nos ambientes virtuais. Nossa humildade, fé, amor e esperança, formam uma base consolidada que contribui para nossa prática. Humildade para saber calar e aprender; fé, para acreditar e seguir; amor, para se entregar, para descobrir nossa paixão por tudo aquilo que estamos realizando, e fazê-lo com êxito; e, esperança, para nunca desistirmos.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Reflexões sobre a figura do professor

Essa figura é bem sugestiva e pertinente no que diz respeito à avaliação, a meu ver essa figura está intimamente ligada ao fator de que avaliar na escola é “medir o conhecimento de meu aluno”, isso é fácil? Não, pois não podemos abrir a cabeça de nossos alunos e ver o que tem lá dentro, como o conhecimento está organizado, onde as conexões são feitas, e a partir do que cada conhecimento é acionado e o conteúdo resgatado, até por que o cérebro não é um arquivo modular e sim uma rede individual, que é “construída” a partir da realidade de cada um. A chave de fenda na mão do professor indica um instrumento avaliativo, e sabemos que não temos instrumento avaliativo capaz de medir com precisão o conhecimento de alguém, pois vejo que conhecimento é algo difícil de mensurar, pois levam em consideração tantos fatores que não podemos abarcar como: conhecimento de mundo, situação financeira, estilo particular de aprendizagem, o meio em que o sujeito está inserido, etc, e cada um desses fatores aparecem com seus subitens, portanto avaliar é algo subjetivo, e o professor por mais que tente categorizar alguns critérios a cada dia se vê diante de um desafio, e certamente nem sempre somos justos em nossas avaliações. Por isso, é importante procurar montar atividades avaliativas que de certa forma o aluno tenha oportunidade de expressar o seu conhecimento.

Cuidados para não transformar o Chat em “Chato”.

- Que aspectos são importantes para um planejamento de um bate-papo?

Para planejar um bate- papo é preciso dividir as turmas em grupos pequenos e sondar as principais dúvidas, e montar no Word algumas perguntas e possíveis respostas; facilitações de respostas citando como exemplo algumas situações diárias, alguns links onde o aluno possa ver algum tópico de forma mais aprofundada, essas medidas ajudam a manter o fluxo das conversas, e evitar que os alunos introduzam conversas paralelas.

- Vimos que o tutor deve estimular a interação entre os integrantes durante as aulas de bate-papo. Como fazer isso?

Um dos fatores é a confiança, se o aluno desenvolveu durante a disciplina boa afinidade com o tutor ele irá participar melhor do fórum, isso não é regra considerando que alguns interagem nessa ferramenta sem grandes preocupações; outro fator é procurar trazer todos para a conversa, tentar interagir com cada um mesmo que de forma rápida, e conduzir os assuntos de forma leve, evitando diálogos longos.

- Que ações são importantes para que os alunos tenham consciência da importância de um bate-papo?

No encontro presencial é importante já dividir os grupos que participarão do chat, explicar o objetivo e como interagir em um chat instrucional, explicando a diferença de um chat das redes sociais. Costumo pedir para os alunos para lerem o artigo que norteará a discussão e escrever no Word as dúvidas e o que entendeu sobre o texto, isso é importante, pois o aluno participa com mais confiança e contribui para o fluxo da conversa. Também é importante ressaltar que é preciso evitar conversas paralelas, respeitar o turno de fala do colega, e se o chat valer nota o número de participações será bem mais significativa.

Paulo Freire nos fóruns do Solar

Refletindo sobre o conteúdo de aula em que destaca os cinco pontos levantados por Paulo Freire (amor, humildade, fé nos homens, esperança e um pensar crítico) tentei perceber nos fóruns de discussão esses itens, embora que esses elementos de certa forma estão interligados. O amor aqui segundo Paulo Freire é toda forma de respeito com o próximo é proporcionar o direito de cada um se expressar, dentro do fórum essa atitude é fundamental, pois nem todos compartilham da mesma opinião e não é por isso que a pessoa não tem seu valor, nos nossos fóruns essa atitude foi constante tanto da parte da tutora como dos colegas, todos se sentiram à vontade para expressar a opinião e compartilhar as experiências, o que foi positivo para todos isso é fé nos homens, já que todos participaram e contribuíram independentemente de concordarem, e até aqueles que compartilhavam de um pensamento diferente valorizavam as postagens dos outros colegas, pois acreditamos que cada experiência é importante e construtiva e de certa forma para ouvir e dar uma chance ao outro é preciso humildade, pois é preciso ver no outro um ser importante que pode contribuir para o aprendizado diário e isso se constitui através do diálogo, e para que isso aconteça é preciso dar espaço para o outro falar, nos nossos fóruns todos foram respeitados e valorizados por suas postagens; a esperança, já faz parte das pessoas e principalmente da vida do professor, pois apesar de todas as criticas em relação ao nosso sistema educacional e condições de trabalho, acreditamos que a educação é a chave para transformar a sociedade, e durante todas as postagens havia uma palavra de esperança e de força a todos para não desistirem e continuarem lutando, isso é importante, já que trabalhamos com o que há de mais precioso, o material humano e finalmente o pensar critico, que em nossos fóruns foi o elemento norteador, todas as postagens originaram-se de um pensar critico e proporcionaram aos outros interagentes também um pensar critico sobre as questões levantadas e sobre nosso cotidiano como profissional e ser humano.

domingo, 4 de dezembro de 2011

CHAT:peça-chave , se bem planejado.

Olá a todos,

Gostaria de compartilhar meus pensamentos sobre a ferramenta chat, respondendo assim alguns questionamentos feitos e já discutidos até no chat feito com a nossa tutora e agora trazendo ao blog.
A ferrament chat é uma das mais controversas porque a maioria dos tutores e cordenadores concorda que o chat é uma importante ferramenta, mas na prática o que vemos são experiências que não deram certo ou que ficaram sempre 'devend'o algo.

O primeiro ponto passa pela conscientização dos alunos. É imprescindível o fato que os alunos possam ter uma consciência da sua participação de forma substancial em um chat, trazendo importantes contribuições e tirando algums dúvidas no processo e claro, ajudando a refletir junto dos colegas e tutor. Mas o que vemos na verdade são alunos despreparados que não trazem bons comentários ou que se dispersam, isso quando aparecem, pois é comum a reclamação que muitos nem aparecem. Por parte do tutor deve haver uma planejamento que já começa com o número de alunos (na minha opinião 5 ou 6 no máximo) e os horários estabelecidos de forma democrática para que possa facilitar o acesso. Além disso, deve se deixar bem claro os pontos a ser trabalhados e ser bem pontual na mediação para que não fuja ao controle, não esquecendo de amarrar os pontos no fim do mesmo.

O chat é importante, mas não deve ser banalizado. É válido para momentos-chave da disciplina onde os alunos constroem uma nova relação e vem a somar com as atividades mais clássicas como fórum e portfólio. Com o devido planejamento e mediação torna-se um modo refletir sobre o tema, tirar dúvidas, mostrar pontos de vista e dar um clima mais 'familiar' ao mecanicismo de uma educação a distância e solitária.

sábado, 3 de dezembro de 2011

CHATS; eis a questão

A utilização da ferramenta CHAT suscita vários questionamentos a respeito da sua eficácia dentro dos AVAs. Minha experiência com a ferramenta não foi significativa para que eu possa fazer avaliações acerca do assunto, entretanto, farei considerações baseado na discussão proposta em um dos nossos fóruns da aula dois e três do curso de formação continuada de tutores do Instituto UFC Virtual.  

Percebe-se que há uma certa dificuldade na realização da atividade no que diz respeito a horários, controle dos assuntos e sua eficácia. O primeiro, pela dificuldade na definição de um momento que atenda a agenda do grupo ou parte dele. O segundo, geralmente dificultado pela insistência de alguns alunos em alterar os assuntos mais do que gerar uma discussão em torno do tema proposta. Isso requer uma interferência do tutor para controlar as participações. Por último, a mediação que o tutor deverá desenvolver para que, ao final, as participações possam ter elucidado dúvidas ou reforçado questões apresentada no conteúdo em foco.

Como forma de organizar a execução da atividade, algumas sugestões são apresentadas na perspectiva de atenuar tais dificuldades . Algumas têm sido citadas com mais frequência na literatura relativa ao assunto e que apresento a seguir:

01. Preparar  uma pauta bem explicada antes de se reunir com os usuários. Dessa forma, conseguirá manter o foco durante o encontro;
02. Estimular a interação entre os integrantes. Mesmo que não participe do chat, o tutor deve incentivar através de outras ferramentas, a participação na ferramenta. Esse incentivo pode vir através de lembretes nos fóruns, ou até através de envio de  emails pessoais para os alunos;
03. Planejar o encontro de grupos pequenos (até 10 pessoas). Encontros pequenos costumam ser mais efetivos para os usuários que participam. Assim mesmo, não se podem esperar discussões muito profundas e tampouco bem fundamentadas em um chat, devido ao tempo e ao número de interações. Um exemplo de uso eficiente do chat é para os plantões de dúvidas, assim os alunos saberão que naquele determinado dia e horário poderá esclarecer suas dúvidas online com seu professor e tutores.

Será necessário a importância da definição dos papéis no desenvolvimento da atividade. Nesse sentido, sugere-se que o professor seja o mediador do encontro e organize a participação dos alunos, dando voz aos que desejam se manifestar e provocando a manifestação dos mais calados. O, aluno, no caso, é o sujeito da aprendizagem. Deve ler, analisar e refletir as "falas" dos colegas e do professor, e, mais do que isso, deve interagir com os participantes.

REFERÊNCIAS:

- Aula três do curso de formação continuada de tutores do Instituto UFC virtual; 2011.