domingo, 11 de dezembro de 2011

Sobre a imagem e Avaliação





Na imagem, o professor segura uma chave de fenda enquanto abre a cabeça de um aluno.
A imagem passa a noção de um mecanicismo. O aluno seria uma máquina que o professor tenta consertar. Se está com defeito, o professor vai lá e dá um jeito.
Para detectar o defeito, o professor então faz uso da avaliação. Se as notas vão mal, o professor detecta que ali há um defeito a ser corrigido.

Bom, eu não gosto de ver meus alunos como máquinas e nem acho que a coisa seja bem ir lá e consertar o aluno. Eu vejo meus alunos como pessoas. Não gostei da metáfora da imagem por isso.
Não acredito que meus alunos têm defeitos de máquina. Muito menos acredito que uma avaliação é suficiente para determinar quão bom meu aluno é. Aliás, quantificar isto para mim já é absurdo.
O aprendizado não é uma coisa quantitativa, é qualitativa. Não há uma forma eficaz de medir em números quanto uma pessoa sabe ou é eficiente. O ser humano é uma quantidade infinita de fatores, é impossível considerar e medir todos. Einstein tirava zero em matemática. Ivo Pitanguy, o maior cirurgião plástico do Brasil, reprovou no vestibular OITO vezes. Então, o que é que os métodos de avaliação podem dizer?
No entanto, não sou contra a avaliação. Sou contra os métodos de avaliação em vigor na maior parte das instituições de ensino atualmente. Acredito que deveria ser uma coisa contínua, de todos os dias, não uma prova no final e pronto. O aprendizado deve passar por um acompanhamento constante. Aliás, também acho o nome acompanhamento muito mais apropriado do que avaliação. Não acho que um título credita uma pessoa a avaliar outra. isso vai de encontro ao que estudamos em Paulo Freire, por exemplo. Acompanhar fica bem melhor.
Acho que é necessária uma reforma nos métodos de avaliação em geral. Uma revisão crítica e uma atualização. A avaliação é necessária para que se possa saber o que se está acertando e errando, mas acho que os métodos em vigor causam mais confusão do que esclarecimentos.

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